O nosso filler, chocante ou não, continua 8D
Beyond the blood [Part 2]
A chuva continuava a cair, enquanto Yukki e Karasu continuavam, pacientemente, à espera que esta cessasse. Karasu: Afinal o que temos de fazer? – Perguntou, enquanto aquecia as mãos na já débil fogueira.
Yukki: … - Olhava fixamente para o chão, onde se via a chuva a cair violentamente.
Karasu: “Esta rapariga é estranha… E aqueles olhos… Onde já os vi?” – Pensava.
Momentos depois, a fogueira, que já há muito dava sinais de se extinguir, apagou-se, deixando-os no escuro, apenas banhados pelo fraco brilho da Lua, que era oculta pelas imensas nuvens.Karasu: Vou sair. É precisa mais lenha. – Disse o rapaz, começando a levantar-se.
Yukki: Não podes sair! Vais ficar encharcado! – Protestou a rapariga, enquanto o agarrava por um braço e o puxava para baixo.
Karasu: Não te preocupes. – Sorriu. – Eu levo guarda-chuva. – Num movimento, criou um guarda-chuva de madeira.
Yukki: Tem cuidado! – Gritava, quando já o rapaz saíra a correr. – “Espero que não aconteça nada de mal. Odeio estar nesta terra.” – Pensava, quando um arrepio lhe percorreu a espinha.
Karasu estava já bastante longe, nos arredores da vila, numa floresta onde nem o mínimo raio de luz lunar brilhava.Karasu: “Não consigo ver nada. Tenho de ter cuidado.” – Pensou o rapaz. – “Só tenho de arranjar um pouco de lenha e posso voltar. Este lugar dá-me arrepios.”.
Percorria a floresta, cuidadosamente passo a passo, enquanto tentava encontrar alguma lenha.Karasu: “Se a minha madeira queimasse, não tinha de estar aqui…” – Lamentava-se. – “Estúpida madeira resistente!”.
No abrigo, Yukki tinha adormecido. Nem os estrondosos trovões a conseguiam acordar.???: “Ajuda-o… Tens de o ajudar…”
Yukki: !!! – Acordou, sobressaltada. – O que foi isto?! – Gritou, quase como involuntariamente. – “Ando a ouvir vozes agora?”.
???: “ Ele precisa da tua ajuda…”
Yukki: !!! Mas o que é isto?! – Disse, assustada. – Quem está aí?
A rapariga procurou à sua volta, mas sem ver nada nem ninguém. Yukki: “Não percebo isto…” – Pensou, enquanto andava, já fora do abrigo, à procura da origem da voz que ouvia. – “Agora que reparo… O Karasu ainda não chegou…” – Preocupava-se, e, com a chuva caindo ainda, disparou a correr, à procura deste.
Corria já há algum tempo, quando, nas profundezas duma floresta nos arredores da vila, encontrou, no chão, abandonado, um guarda-chuva de madeira. Sem sequer pensar, começou a correr, sem sequer saber a sua direcção ou destino. Era como se o seu corpo se movesse sozinho. Estranhamente, não se assustou, nem tentou resistir a estes movimentos involuntários.
Pouco tempo depois, chegou a uma pequena cabana, com aspecto frágil e desabitado. Yukki: “Não sei porquê. Sinto que algo de mau está para acontecer desde que aqui chegámos.” – Pensava, enquanto se dirigia à porta principal.
Quando lá chegou, a porta, já entreaberta, abriu-se à medida que ela entrava. Os arrepios eram agora mais frequentes e a vontade de desaparecer daquele lugar era muita. No entanto, o seu corpo agia independentemente da sua mente, levando-a para dentro da cabana.
Após entrar, como ela já esperava e receava, a porta fechou-se nas suas costas.???: Finalmente! – Ecoou uma voz cavernosa através da pequena cabana.
Yukki: Quem está aí?! – Perguntava, enquanto tentava ver algo por entre a escuridão que consumia aquele espaço.
???: Já cá estão os dois. Posso, finalmente, vingar-me dele. – Ouvia-se um riso tenebroso, que só contribuía para o aumento dos arrepios que percorriam a espinha de Yukki.
Yukki: Diz-me quem és ou-
De repente, um relâmpago caiu, muito perto da casa, iluminando, por instantes, a divisão onde se encontrava. O que Yukki vira, naquele momento, deixou-a paralizada. Um homem, aparentemente, já de alguma idade, com uma lâmina de electricidade apontada ao pescoço de Karasu, este já bastante lesionado.Yukki: Karasu!!! – Gritou, tentando mexer o corpo, mas em vão.
???: Deixa-me apresentar-me. O meu nome é Monki (Macaco). – Proclamou o homem.
Yukki: Monki?! Ahahahahahah! – Riu-se, embora não percebesse como o conseguia fazer naquela situação.
Monki: Cala-te miúda!!! – Gritou o homem, ligando uma luz, que iluminava toda a pequena divisão. – “Este nome estraga-me sempre tudo!”. – Pensou, lamentando-se.
Yukki: O que queres? Porque raptaste o Karasu? – Protestou.
Monki: Acho que, já que vão morrer de qualquer maneira, não há grande razão para não vos contar. – Disse, rindo-se entre dentes. –
Kurotsuchi Nagato.