Filler IX ~ Reencontros e Ilusões
A jovem rapariga de apenas catorze anos, avançou por aquela aldeia destruída. O chão estava abatido e nenhuma casa se mantinha em pé. Uma certa vontade de choro e lágrimas apoderou-se dela à medida que caminhava mais para adentro. Por cada lugar que passava, recordava-se dos seus momentos alegres ali. Olhou para uma casa deixada a baixo. Viu-se em criança com um outro rapazinho mais novo do que ela que corria para fora da residência, fazendo companhia um ao outro.
Continuou a caminhar. Viu um lago seco várias canas destruídas, algumas até mesmo com forma de lança. Viu ali então o lago cheio, ela a brincar com alguns sapos que saiam e a molhavam com os salpicos.
Não podia mesmo acreditar no que via… Parou de andar. Os seus pés começaram a tremer. A sua força de se aguentar levantada desapareceu então. Caiu de joelhos e lágrimas vieram-lhe então a escorrer dos olhos.
- Mãe… pai… porquê que vocês desapareceram…? – A chuva voltou a arrancar. Fechou os olhos enquanto levava cada pingo de chuva a engolir as suas lágrimas como se fossem ambos a mesma coisa com os mesmos sentimentos. Não conseguia parar de se lamentar.
- Yukki… – Disse uma voz por detrás da rapariga.
- …! – Esta levantou-se logo e olhou para trás. Ninguém estava lá. Um certo receio medonho apoderou-se dela – Q-Quem está ai? – Perguntou.
- Yukki… - A voz repetiu-se. A pavor de pensar ouvir algo apoderou-se da jovem – Yukki… Yukki…
- P-Parem com isso! – Pediu, medonha – Quem está ai?!
- Yukki… - Uma das voz fê-la mudar a direcção do seu olhar, reconhecendo logo um dos locais dali.
- … - Yukki engoliu um seco. As vozes haviam desaparecido. Avançou até aquele local. A imagem de paredes deitadas a baixo, pedaços de madeira partidos, cortinas rasgadas, mobílias queimadas e chão em lama, deixaram-na sem mais receios. Era aquela a realidade. Avançou para aquele local, com esperanças de descobrir algo.
Longe dali, de volta a Konoha, ainda não havia sido falado sobre o desaparecimento de Yukki. Apenas duas pessoas sabiam, mas iriam passar a haver mais. Uma rapariga de olhos amarelos e cabelos brancos compridos, chegou até uma casa onde fora acolhida de imediato para não apanhar a chuva torrencial que a poderia deixar constipada.
- O que é que aconteceu? – Perguntou Kiba, entregando um cobertor quente a Nyuh que se encontrava fria com a chuva que apanhara.
- Bem… - A rapariga espirrou – Posso ter um chazinho por favor? – Fez um ar angélico.
- Nyuh… - Kiba olhou-a sério – Eu sei que é algo sobre a Yukki. Ela hoje de manhã não foi ao Ichiraku Ramen, portanto, passa-se algo e é grave.
- Epah, até onde o amor já leva… - Ponderou Nyuh.
- Nyuh! – Kiba com o rosto levemente corado e ao mesmo tempo, um certo tom vermelho de nervosismo.
- Calma – Nyuh servira-se de um chá, bebendo um golo – A Yukki fez a mesma coisa que um dos meus ex-companheiros. Foi para o Oro-Jackson – Revelou o seu ar mais normal do mundo.
- N-NANI?! – Kiba ficara em choque – E tu nem te preocupas?
- Preocupei-me nos primeiros minutos, mas agora já passou, obrigado – Ficou com um ar ingénua.
- Oh Nyuh, que faço eu contigo… - O rapaz das marcas encarnas no rosto bufou. Abriu a porta da varanda – Vamos para uma missão, Akamaru!
Um grande cão de pelugem creme aproximou-se do rapaz, latindo.
- Ok, divirtam-se! – Nyuh acenou.
- Tu vens connosco… - O rapaz olhou-a com um ar ameaçador.
- Ohhhh~! – Duas placas de choro, uma em casa olho, escorreram pela cara da jovem – Lá vou eu ter de correr outra vez – Largou o seu chá e o cobertor e ambos os dois, saíram.
De volta a Yukki, a moça encontrava-se abrigada por debaixo de uma grande tábua de madeira entre dois muros. Podia estar num momento sensível, mas continuava a odiar a água e chuva. Revestiu com o seu olhar o local à sua volta.
- Yukki… és tu? – Disse algo atrás de si.
- Não vou cair nesta outra vez – Yukki estava disposta a não dar ouvidos às vozes do passado que a tentavam atormentar.
- Nani? Mas…! – Um homem já de idade, apareceu pela frente de Yukki – Não te lembras do teu velhadas? – Sorriu.
- …! – A rapariga ficou de boquiaberta – Avô…?
O homem apenas acenou a cabeça afirmativamente, sorrindo. Lágrimas voltaram novamente a invadir o estado de Yukki e abraçou aquele tão seu amado avô que não via desde o seu desaparecimento.
- Pronto, pronto… - O velho homem foi dando leves palmadas nas costas da sua adorada neta.
- Eu estava a pensar que todos tinham morrido! Que nunca mais vos iria ver! – Olhou o homem, afastando-se dele – Eu tenho imensa coisa para te contar…
- Então esta é a melhor altura para contares…
- Hai! – Yukki sorriu. Katone Fuijuu, sendo este o nome do velho homem, sentou Yukki ao seu colo enquanto ouvia as várias aventuras da sua neta.
Mas aquela paisagem, aquele encontro, aquelas vozes… seria tudo uma ilusão ou apenas uma verdade mal feita?
Pois, lá teve a Annie e reviver aqui os fillers e essas coisas, neh? *-* Comentários, sejam bem-vindos desu :3 Para quem não leu, vejam o 8º Filler para entender a história pois está a 2ª parte desu