Filler VIII - Find the new present
O dia de hoje encontrava-se escondido pelas nuvens cinzentas no céu. Poderia ser um dia mais ou menos normal.
Bem, o indispensável era manter-se activo e um bom guarda-chuva para aguentar o vento forte para aquele dia prestes a ser chuvoso.
Yukki acordou ao sentir o frio a espalhar-se no seu quarto. Abriu os olhos lentamente e bocejou, espreguiçando-se. Sentou-se e esfregou as mãos sobre os braços que se encontravam desprotegidos do frio. Espirrou e logo a seguir, levantou-se. Caminhou até à janela embaciada com o tempo e passou a mão por esta, eliminando parte desse bacio.
Como ela odiava aquele tempo… memórias do passado e tempos de tristeza só lhe deixavam menos contente naquele dia. Pegou numa moldura de fotografia que estava sobre uma mesa-de-cabeceira ao seu lado e olhou para esta.
A foto já tinha um aspecto antigo, mas na realidade só tinha quatro anos. Mostrava uma mulher e, pela aparência, a sua filha. A rapariga sorria alegremente e a mãe tinha-a ao seu colo.
A mulher tinha a franja dividida e tinha na testa uma marca ou uma tatuagem estranha. Os olhos desta reluziam e a cor destes não era expressa na foto.
A rapariga tinha o cabelo apanhado com dois guizos e usava franja.
Os trajes da menina eram com tons claros e os da mãe escuros. Passou o dedo pela parte onde se encontrava a mulher e sorriu.
- Spoiler:
O som dos tambores que tombavam com um certo ritmo, espalhava alegria pela cidade com aquele festival com várias cores alegres e ao mesmo tempo, suaves.
Várias crianças corriam de um lado para o outro. Jovens mais na adolescência, dançavam em casais. Os adultos ficavam pelas barracas com a vista posta nas crianças e as pessoas mais de idade falavam com outras pessoas da mesma idade que elas sobre a vida.
- Yukki! – Gritou uma mulher que corria para chegar até uma rapariga que também corria de um lado para o outro. Não era a mulher da fotografia – Vem cá!
- Não! – Gritava a rapariga – Não vou! Tu não és a mamã para me mandar casar! – Escondeu-se nuns arbustos de uma floresta ali perto.
- Yukki! Dou-te dois minutos para vires ter comigo! – A mulher parou e ficou à espera que a rapariga aparecesse diante dos arbustos. Mas não, ela não aparecia. Yukki foi passando pelos vários ramos que lhe magoavam na face a toda a velocidade. Não iria parar, apenas queria ser livre para as suas escolhas.
Passaram algumas horas. A sua respiração estava alvoroçada e algumas gotas de suor passavam pela sua face. Caiu de joelhos de chão, levou as mãos à cara e começou a chorar. Que mais poderia ela fazer? Que mais poderia alguém fazer por ela?
- Mamã… papá… desculpem-me… - Apertou o seu próprio corpo contra si. Sentia-se uma criança de dez anos que na realidade tinha a dita maturidade avançada. Soluçou a pequena Yukki e desmanchou os seus arranjos do cabelo – Forte… tenho de ser forte… - Disse para si própria.
Nesse exacto momento, sentiu uma presença ao pé de si. Lentamente abriu os olhos ao mesmo tempo que afastava as mãos da sua cara e olhou para uma figura que sorria para ela com um ar assustador. Sentiu algo um pouco húmido a cair sobre a sua face. Desse primeiro pingo, vieram vários atrás e começou a chover. Uma tempestade a vir. O céu estava a chorar.
Era nessa altura que a sua vida iria mudar para sempre.
A imagem daquela noite vinha sempre à cabeça da jovem de catorze anos ao ver aquela fotografia. Suspirou e pousou a moldura sobre a cómoda onde se encontrava anteriormente. Afastou-se da janela, vestiu-se com roupas mais mornas do que as roupas que usava normalmente e saiu do quarto. Desceu para a cozinha e preparou um pequeno-almoço de um copo de leite quente e uma sandes mista de queijo e fiambre. Merendou e saiu de casa. Ao colocar o capuz do seu casaco, ia olhando por todos os lados. Andava calma e serena, sem quaisquer correrias ou vontade em demasia de sair daquele temporal. Poderia ficar em casa nesse dia, mas simplesmente, algo lhe dizia para não estar na sua confortável habitação.
O som do tic-tac do relógio daquele quarto pequeno, irritava-lhe por completo. Ou sentava-se, ou deitava-se, ou ficava de pernas para o ar, fazia de tudo para o tempo não parecer tão comprido. O som da campainha ecoou pela casa.
- Going! – Gritou a rapariga dos cabelos brancos. Levantou-se com um salto, desceu as escadas à pressa mas a porta já estava aberta por Shikamaru – Damn you! Eu abria – Olhou para o rapaz com os olhos semi-encerrados.
- Também era para ti, portanto… - Afastou-se da porta.
Nyuh olhou para quem se encontrava na porta.
- Mas tu és…
- Ohayoo… Ryuuzaki-san – Disse uma pessoa que tinha o capuz a tapar-lhe a cara que era oculta pela escuridão.
- Pois… não te conheço mesmo então – Passou a mão pelo cabelo.
- … - Uma gota caiu da cabeça da pessoa – Bem… - Tossiu – Vim para anunciar que…
Passou algumas horas. Nyuh bateu com força à porta do escritório dos Hokages e entrou sem haver qualquer tempo para haver resposta de lá dentro.
- Obaa-san… - Dizia enquanto recuperava o fôlego perdido enquanto havia percorrida a vila inteira – A Yukki… ela saiu da aldeia… ela parece que quis voltar para o Orochimaru…
- Nani?! – Tsunade levantou-se de repente. A tinta para a pena caiu sobre o documento em que havia escrito. Olhou para baixa – NÃO! – Ficou com duas placas de choro a caírem-lhe pela cara.
- … - Nyuh ficou com auras negras à volta – Obaa-san…?
- Hai, hai. Gomen – A mulher recompôs-se – Como é que sabes isso?
- Um homem qualquer disse-me isso…
- Okai… - Voltou-se a sentar – Que pensas fazer sobre isto?
- … - Podia não dizer ao Ryoku sobre isto?
- Eu também não iria dizer… pelo menos por agora… mas eu também não quero que vás atrás dela, estamos entendidas?
- Mas…
- Não! – Tsunade entreviu - Vou deixar isto para gente com mais experiência…
- … - Nyuh suspirou – Hai-su… - Encaminhou-se para a saída – Ja na… - Saiu.
- … - Tsunade suspirou. «Esta equipa deixa-me esgotada…» pensou «Nunca se sabe o que está na mente deles».
O vento começou a soprar com mais força. Os passos forçados finalmente acabaram. Com os cabelos a esvoaçarem ao ritmo da ventosidade e o olhar furioso e devastador, Yukki percorreu simplesmente com este último a entrada da aldeia, destruída e aniquilada do mapa do grande mundo. «
Katonaishuu…».
Aleluia *_* Consegui! Consegui! <3