Aqui vai a segunda parte do nosso filler em conjunto 8D
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Na manhã seguinte, quando Tsume se levantou, Karasu ainda dormia e Kovu não estava no ‘acampamento’. Depois, a rapariga apercebeu-se de algo.
Tsume: O Kumiko!?
A rapariga procurou-o por todo o espaço circundante mas não o encontrou.
Karasu: O que se passa?
Karasu abriu a tenda e Kumiko saiu de lá de dentro, espreguiçando-se cá fora.
Tsume: Kumiko!! Que susto que apanhei!
Karasu: Ele foi para a nossa tenda quando o Kovu saiu e ficou lá até agora. Pensei que sabias, desculpa.
Tsume não o tinha ouvido. Estava mais concentrada no seu gatinho, que lhe ronronava em resposta às carícias.
Karasu: Ehhr… bem… O Kovu já devia ter voltado, não achas?
Tsume: Não sei a que horas ele foi.
Karasu: Já deve ter passado mais de uma hora.
Tsume: O que fazemos então?
Karasu: Eu vou procurá-lo. Tu ficas aqui para o caso de ele voltar.
Tsume: Não! Estou farta de ser tratada como a menina indefesa. Também sei lutar! Eu vou à procura dele e tu ficas aqui a tomar conta das nossas coisas. E o Kumiko fica contigo, ok?
A ninja olhou para o gato com um olhar que parecia dizer: “Se dizes que não, vais sofrer”.
Karasu: Desculpa, eu não queri-
Tsume já tinha ido embora. Karasu arrumou as tendas e o resto das coisas dos seus companheiros e sentou-se encostado a uma árvore. Kumiko subiu para o colo de Karasu, em busca de festas na cabeça.
Karasu: Porque estará ele a demorar tanto?...
Passado pouco tempo, Kovu regressou com um ‘embrulho’ feito de folhas de árvore.
Kovu: Cheguei! Hey!? A Tsume?
Karasu: Porque demoraste tanto!?
Kovu: Calma! Fui buscar comida! 7 peixes não se pescam sozinhos. A Tsume?
Karasu: Ficámos preocupados e ela foi à tua procura, agora ela é que deve estar em perigo! Porra!, porque é que-
Kovu: Acalmas-te por favor? A Tsume também é uma ninja. Não a vejas como uma menininha frágil. Ela é forte. E nós vamos à sua procura.
Karasu: Não a devia ter deixado ir…
Kovu: Chega de lamúrias. Em que direcção foi ela?
Os dois ninjas pegaram em toda a bagagem e correram na direcção que Tsume tinha seguido. Kumiko seguia-os, apressado.
Eles estavam mais lentos que o costume, pois levavam bagagem de 3 pessoas e o almoço.
Após cerca de meia hora a correr, os rapazes encontraram Tsume, que tinha parado junto a um rio para beber água.
Karasu: Tsume!!!
Tsume: Vocês?
Karasu: Estás bem ! Ainda bem…
Tsume: Claro, nem tive tempo de fazer nada!
Kovu: Não era preciso stressarem… cheguei pouco depois de saírem.
Karasu: Pois mas demoraste imenso.
Kovu: Já te expliquei… Não é propriamente uma tarefa fácil…
Karasu: Sim, sim, está bem. Vamos comer?
Kovu: E que tal raciocinares? Chega de pensar n-… Esquece
Tsume: O Kovu tem razão. Não podemos comer aqui. Corremos demasiado perigo.
Karasu: Tens razão… O rio atrai muitos animais selvagens.
Então, os três ninjas abandonaram o local e procuraram outro mais sossegado, onde acenderam uma fogueira e se puseram a preparar o almoço.
Tsume: Já agora, o que é a comida?
Kovu: Peixinho! Por isso é que demorei mais do que se fosse buscar carne. Tudo em busca de uma alimentação saudável e variada.
Tsume: *palminhas* Lindo menino *faz festinhas na cabeça de Kovu*
Kovu: Aurf Aurf!
Karasu: *olhar ameaçador*
Kovu: Ok, temos 2 peixes para cada um… e um para o Kumiko ^^ Não penses que me esqueci de ti *faz festinhas*
Kumiko: Meooow :3
Karasu: *olhar ameaçador*
Kovu: *deita língua de fora*
Os 3 membros da equipa almoçaram e depois deitaram-se a olhar para o céu. Kumiko subiu para a barriga de Tsume.
Karasu: O céu está lindo não está? Sem nuvens…
Tsume: Pois está…
Kovu: Bem, eu vou dormir uma sesta, fiquem à vontade *pisca olho a Karasu*
Karasu sorriu e Kovu foi deitar-se à sombra de uma árvore, seguido de Kumiko, que o acompanhou na sesta. Soprava uma brisa suave que agitava as folhas das árvores, o sol passava pelas folhas e batia na cara de Karasu e de Tsume. Depois de Kovu se ter ido embora, nenhum dos dois soltou alguma palavra, só era possível ouvirem as folhas e alguns pássaros… até que Tsume interrompeu o silêncio…
Tsume: Porque é que te preocupas tanto?
Karasu: Hm…?
Tsume: Porque é que ficas sempre tão preocupado comigo?
Karasu: … eu fico tão preocupado como o Kovu ficaria, tu fazes parte da minha equipa, é óbvio que eu me preocupo contigo…
Tsume: Mas tu não te preocupas da mesma maneira com o Kovu! É por eu ser rapariga? Achas que eu não me sei defender?
Karasu: …
Tsume: … *cruza os braços* homens…
Kovu tentava conter o riso para os companheiros não perceberem que ele conseguia ouvir a conversa toda. Na opinião dele, aquilo não estava a correr nada bem, mas preferia não interferir, ainda sobrava para ele…
Tsume: *senta-se*… olha lá, ontem ias contar-me por quem é que estás apaixonado mas o Kovu interrompeu ! Diz lá quem é *dá cotoveladas* eu até te podia dar uma ajudinha nessas coisas, as amigas são para isso !
Karasu: … anda comigo *pega na mão de Tsume* Kovu, nós já voltamos !
Kovu: Hai hai… * para Kumiko * vamos ver se é desta que isto se resolve… * faz festas na cabeça do gato *
Karasu acabou por levar Tsume até um rio, as margens estavam cheias de cerejeiras em flor e o vento fazia com que estas caíssem suavemente, algumas no rio, que acabava por levá-las para longe com a corrente, e outras no chão. Tsume estava surpresa com a paisagem, nunca tinha visto nada assim, já tinha visto cerejeiras em flor, mas o rio tornava aquilo tudo muito mais especial.
Karasu: Quando estávamos à tua procura, passámos por aqui… e eu achei que ias gostar.
Tsume: É… lindo !
Tsume sentou-se na margem, algumas flores caíam no seu colo, outras no cabelo. Karasu sentou-se ao pé dela. Ficaram a contemplar a paisagem durante um bom bocado, até que Tsume se voltou a lembrar…
Tsume: EI! Nem penses que te escapas! Aposto que me trouxeste para aqui para não me dizeres quem é a tua namoradinha não foi? Mas comigo não te safas! Nem que eu tenha que ser a pessoa mais irritante à face da terra !
Enquanto Tsume continuava a falar, e a bombardeá-lo com ameaças, Karasu sorria por causa da ingenuidade da rapariga, ela não fazia a mínima ideia do que estava a falar. Enquanto a rapariga falava, Karasu foi aproximando a sua cara da dela…
Tsume: -tu vais ver! Nem me vais querer ver à frente duran-…o que é que estas a fazer?...
Karasu: …Tu…falas demais…
Karasu, carregado pelo peso do momento, aproximou-se ainda mais de Tsume e beijou-a. Esta não ofereceu resistência, o que acalmou Karasu. No entanto, momentos depois, Tsume deu um salto e afastou-se dele.
Tsume: Que estás a fazer?!
Karasu: …
Tsume: Não sei o que te passou pela cabeça!
Com estas palavras, Tsume deixou Karasu sozinho, sentado na margem do rio. Este, por sua vez, não mostrou qualquer reacção.
Tsume chegou, pouco tempo depois, ao acampamento, onde Kovu estava ainda deitado sob a sombra de uma árvore.
Kovu: Que se passa?
Tsume: Pensei que estavas a dormir.
Kovu: Acordei há pouco. Passa-se alguma coisa? O Karasu?
Tsume: Ficou para trás. Kumiko!
Kovu: (Algo me diz que não correu nada bem…)
Kumiko foi a correr para o colo da dona, que lhe acarinhava a cabeça, enquanto murmurava para ele.
Kovu: É melhor ir ter com o Karasu… Tsume! Venho já!
A rapariga certamente não o teria ouvido, concentrada na “conversa” com Kumiko. Kovu preferiu não perguntar a Tsume onde tinham ido, até porque tinha uma ideia do lugar em questão. Depois de andar um pouco, chegou ao rio onde Karasu e Tsume tinham estado.
Kovu: *senta-se ao lado de Karasu* Hey…
Karasu: …
Kovu: O que se passou?
Karasu: …
Kovu: Presumo que não tenha corrido bem… Podes falar comigo…
Karasu: Ela…
Enquanto Karasu contava o que tinha acontecido a Kovu, Tsume continuava a falar com Kumiko.
Tsume: Não sei o que lhe passou pela cabeça… Nós somos colegas de equipa… Porque é que ele fez aquilo?!
Kumiko: Meoww…
Tsume: Será… que ele gosta de mim?... O que achas?
Kumiko: *acena com a cabeça*
Tsume: … O Karasu?... Nunca pensei… (Ele foi tão querido…)
Algum tempo depois, Kovu e Karasu chegaram ao acampamento. Karasu foi imediatamente arrumar as coisas, enquanto Kovu se dirigiu a Tsume.
Kovu: *senta-se ao lado de Tsume* Temos de ir embora…
Tsume: … huh?... Ah… sim, já vou…
Kovu: (Ela também ficou afectada com isto…)
Karasu tinha já arrumado tudo quando Tsume se voltou. Ela olhou para ele, mas Karasu não erguia sequer a cabeça.
Kovu: Bem… Estamos longe dos portões. Temos de estar lá ao fim da tarde, portanto é melhor irmos.
Karasu: … Sim, vamos.
Tsume: Kumiko! … Vamos embora.
Os três partiram em direcção aos portões, onde Yamato estaria à espera para poderem finalmente ir para casa. Kovu ia à frente, Tsume atrás dele, com Kumiko por cima da sua cabeça, e Karasu ia bem atrás deles. Já começava a escurecer quando chegaram aos portões, onde Yamato estava já à sua espera. Este fez um sinal ao guarda, e os portões abriram-se, lentamente como sempre.
Yamato: Passaram o teste! Como foi?
Kovu: Foi cansativo.
Tsume: Já podemos ir para casa Sensei?
Karasu: …
Yamato: Sim, sim… Podem ir. Bom trabalho. … Kovu! Podes vir aqui?
Kovu: Hai!
Yamato: O que se passa com eles os dois? Estão muito estranhos…
Kovu: Nada… Devem estar cansados.
Yamato: Hmm… Ok, podes ir então.
Kovu: Até amanhã Yamato-sensei .
Os três andaram, sem dizer uma palavra, até à entrada da vila. Tsume e Kovu pararam, mas Karasu continuou a andar.
Kovu: … (Não sei como vamos ficar agora…)
Tsume: … Karasu!
Karasu: !
Tsume: Anda… jantar lá a casa…
Kovu: !
Karasu: … Não entendo…
Kovu: (Nem eu…)
Tsume: Anda jantar connosco… por favor?
Karasu: … Está bem…
Tsume: Mas só se te animares!
Karasu: … Hai!
Kovu: (Não estamos assim tão mal…) Não é, Kumiko? *sorri*
Kumiko: *acena com a cabeça* Meow!
Karasu cumprira a sua promessa, e aquela noite fora uma de gargalhadas, boa-disposição e muitos olhares comprometedores.
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Autores: Manelb, MigazDMG, SaraMSR