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Esta mãe, Karen Manwick, andava no primeiro ano da universidade, a licenciar-se em Direito, disciplina para a qual sempre tivera desmedida curiosidade, muitas vezes negligenciando o estudo secundário em prol desta. Deixava de estudar para as disciplinas que lhe eram leccionadas para ler livros sobre a história do Direito e para ver gravações de julgamentos que obtinha graças ao seu pai, que vivia em França. Ela e sua mãe, viviam no Porto, e os seus rendimentos provinham de seu pai, que assegurava a formação académica de Karen e a vida confortável que levava ao lado de sua mãe.

Karen escrevia também. As suas inspirações eram variadas e geralmente simples. O musgo verde que, nas manhãs de domingo, ao resplandecer com a luz do sol matinal, aquele sol tímido que se não quer desvendar, se sentia a veludo. As gaivotas, grandiosas e desajeitadas, de bico alçado, como impondo respeito às acanhadas pombas. O céu cintilante nas noites de Verão exibindo uma vastidão infindável, preenchida apenas pela luz refulgente das estrelas, que a acarretavam para um Universo de sonhos, musgo resplandecente, gaivotas imponentes e um céu consumido pela sua imaginação.